sexta-feira, 30 de outubro de 2015

calças abaixo!

Já faz anos que tem estado na "moda" os rapazes andarem com as calças rebaixadas ("sagging"), vendo-se os boxers (roupa interior masculina). Qual a orgem dessa moda? 

Na internet tem havido posts (artigos) que mencionam que essa moda de andar com a calça abaixo da cintura, deixando parte da cueca à mostra, teria surgido nas prisões dos Estados Unidos e seria um código entre os presos que indicava que os homossexuais que usavam calça dessa forma estariam disponíveis para sexo.

Da verdade, esta "moda" (ou "sagging", como é conhecida) surgiu mesmo nos estabelecimentos prisionais norte-americanos, mas - apesar de haver muitos homossexuais nesses estabelecimentos - iss nada tem a ver com o facto de seu usuário ser gay ou não. Vários reclusos compartilharam a respeito deste assunto que eles usavam calças caídas porque é proibido o uso de cintos. O cinto era muito usado como arma para suicídio ou assassinato por enforcamento, até quem uma Lei de 1978 proibiu o uso do cinto pelos reclusos. Pelo mesmo motivo, os atacadores dos ténis também foram proibidos. Como as calças eram feitas de forma padronizada, muitas vezes as calças ficavam largas no corpo do recluso, caindo abaixo da cintura. 

De acordo com o Jornal "Examiner", alguns ex-reclusos continuaram a usar a calça caída nas ruas, mesmo após estarem em liberdade e alguns músicos - como o rapper 50 Cents e o cantor canadense Justin Bieber - ajudaram a popularizar tornando-se moda. 

"Que diremos pois?"

Sem dúvida esta "moda" não é algo que deva ser praticada por um filho de Deus! Já para não falar de um jovem decente! Qual é o prazer de andar por aí a mostrar a roupa interior? Não haverá segundas intenções na pessoa que anda com as calças rebaixadas? Sem dúvida alguma, esta "moda" tem sido usada por pessoas que querem "transpirar" sensualidade, erotismo, o lado mau, etc. Não consigo conceber que um jovem se vista desta maneira sem segundas intenções em seu "coração".

A Bíblia é muito clara a respeito da nossa maneira de vestir. A maneira de vestir de um cristão de se adequar com os princípios de modéstia, decência e pureza (I Tm 2.9,10; I Pedro 3.3,4).

Sua maneira de vestir reflete modéstia, decência e pureza? Ou reflete sensualidade e luxúria?

Mais sobre "sagging": SITE 


transexualização das crianças

Cristina Cifuentes, política espanhola do Partido Popular, presidente da Comunidade de Madrid, e candidata para liderar o PP em Madrid, pretende "proporcionar serviços de transexualização para os menores." Ela também pretende que seja aprovada a multa até 45.000 euros para comentários críticos sobre os homossexuais. 

Cifuentes e o Governo popular da Comunidade de Madrid já aprovaram dois ante-projectos de Leis, que entre outras coisas, prevêem: "proporcionar serviços de transexualização para menores" e impôr a ideologia de género nas escolas públicas e privadas. 

O governo de Cifuentes preparou dois presentes para o lobby gay. Por um lado, uma Lei de Protecção por Orientação Sexual e Identidade de Género que prevê benefícios exclusivos para os grupos que promovem a ideologia de género e sanções gravíssimas para qualquer cidadão que seja denunciado por não ser sua linha de pensamento.A segunda lei, denominada de Lei de Identidade de Género, cria um protocolo de menores que contempla a promoção da ideologia de género em centros educativos públicos e privados, proporciona serviços de "transexualização" e garante a existência uma "unidade de transexualidade" nas escolas, e estabelece a possibilidade de fornecer inibidores hormonais aos menores como parte do processo "transexualizador".

Fonte: HAZTEOIR

ideologia de género


Difunde-se cada vez mais a chamada ideologia do género ou gender. Porém, nem todas as pessoas disso se apercebem e muitos desconhecem o seu alcance social e cultural, que já foi qualificado como verdadeira revolução antropológica. Não se trata apenas de uma simples moda intelectual. Diz respeito antes a um movimento cultural com reflexos na compreensão da família, na esfera política e legislativa, no ensino, na comunicação social e na própria linguagem corrente.

Mas a ideologia do género contrasta frontalmente com o acervo civilizacional já adquirido. Como tal, opõe-se radicalmente à visão bíblica e cristã da pessoa e da sexualidade humanas. Com o intuito de esclarecer as diferenças entre estas duas visões surge este documento. Move-nos o desejo de apresentar a visão mais sólida e mais fundante da pessoa, milenarmente descoberta, valorizada e seguida, e para a qual o humanismo cristão muito contribuiu. Acreditamos que este mesmo humanismo, atualmente, é chamado a dar contributo válido na redescoberta da profundidade e beleza de uma sexualidade humana corretamente entendida.

Trata-se da defesa de um modelo de sexualidade e de família que a sabedoria e a história, não obstante as mutações culturais, nos diferentes contextos sociais e geográficos, consideram apto para exprimir a natureza humana.
           
1. A pessoa humana, espírito encarnado

Antes de mais, gostaríamos de deixar bem claro que, para o humanismo cristão, não há lugar a dualismos: o desprezo do corpo em nome do espírito ou vice-versa. O corpo sexuado, como todas as criaturas do nosso Deus, é produto bom de um Deus bom e amoroso. Uma segunda verdade a considerar na visão cristã da sexualidade é a da pessoa humana como espírito encarnado e, por isso, sexuado: a diferenciação sexual correspondente ao desígnio divino sobre a criação, em toda a sua beleza e plenitude: «Ele os criou homem e mulher» (Gn1,27); «Deus, vendo toda sua obra, considerou-a muito boa» (Gn 1,31).

A corporalidade é uma dimensão constitutiva da pessoa, não um seu acessório; a pessoa é um corpo, não tem um corpo; a dignidade do corpo humano é corolário da dignidade da pessoa humana; a comunhão dos corpos deve exprimir a comunhão das pessoas.

Porque a pessoa humana é a totalidade unificada do corpo e da alma, existe necessariamente, como homem ou mulher. Por conseguinte, a dimensão sexuada, a masculinidade ou feminilidade, é constitutiva da pessoa, é o seu modo de ser, não um simples atributo. É a própria pessoa que se exprime através da sexualidade. A pessoa é, assim, chamada ao amor e à comunhão como homem ou como mulher. E a diferença sexual tem um significado no plano da criação: exprime uma abertura recíproca à alteridade e à diferença, as quais, na sua complementaridade, se tornam enriquecedoras e fecundas.
            
2. Confrontados com uma forte mudança cultural

Reconhecemos, sem dúvida, que, no longo caminho do amadurecimento cultural e civilizacional, nem sempre se atribuiu aos dois âmbitos do humano (o masculino e o feminino) o mesmo valor e semelhante protagonismo social. Especialmente a mulher, não raramente, foi vítima de forte sujeição ao homem e sofreu alguma menorização social e cultural. Graças a Deus, tais situações estão progressivamente a ser ultrapassadas e a condição feminina, antigamente conotada com a ideia de opressão, hoje está a revelar-se como enorme potencial de humanização e de desenvolvimento harmonioso da sociedade.

No desejo de ultrapassar esta menoridade social da mulher, alguns procederam a uma distinção radical entre o sexo biológico e os papéis que a sociedade, tradicionalmente, lhe outorgou. Afirmam que o ser masculino ou feminino não passa de uma construção mental, mais ou menos interessada e artificial, que, agora, importaria desconstruir. Por conseguinte, rejeitam tudo o que tenha a ver com os dados biológicos para se fixarem na dimensão cultural, entendida como mentalidade pessoal e social. E, por associação de ideias, passou-se a rejeitar a validade de tudo o que tenha a ver com os tradicionais dados normativos da natureza a respeito da sexualidade (heterossexualidade, união monogâmica, limite ético aos conhecimentos técnicos ligados às fontes da vida, respeito pela vida intra-uterina, pudor ou reserva de intimidade, etc.). É todo este âmbito mental que se costuma designar por ideologia do género ougender.

A ideologia do género surge, assim, como uma antropologia alternativa, quer à judaico-cristã, quer à das culturas tradicionais não ocidentais. Nega que a diferença sexual inscrita no corpo possa ser identificativa da pessoa; recusa a complementaridade natural entre os sexos; dissocia a sexualidade da procriação; sobrepõe a filiação intencional à biológica; pretende desconstruir a matriz heterossexual da sociedade (a família assente na união entre um homem e uma mulher deixa de ser o modelo de referência e passa a ser um entre vários).

3. Os pressupostos da ideologia do género

Esta teoria parte da distinção entre sexo e género, forçando a oposição entre natureza e cultura. O sexo assinala a condição natural e biológica da diferença física entre homem e mulher. O género baliza a construção histórico-cultural da identidade masculina e feminina. Mas, partindo da célebre frase de Simone de Beauvoir, «uma mulher não nasce mulher, torna-se mulher», a ideologia do género considera que somos homens ou mulheres não na base da dimensão biológica em que nascemos, mas nos tornamos tais de acordo com o processo de socialização (da interiorização dos comportamentos, funções e papéis que a sociedade e cultura nos distribui). Papéis que, para estas teorias, são injustos e artificiais. Por conseguinte, o género deve sobrepor-se ao sexo e acultura deve impor-se à natureza.

Como, para esta ideologia, o género é uma construção social, este pode serdesconstruído e reconstruído. Se a diferença sexual entre homem e mulher está na base da opressão desta, então qualquer forma de definição de uma especificidade feminina é opressora para a mulher. Por isso, para os defensores do gender, a maternidade, como especificidade feminina, é sempre uma discriminação injusta. Para superar essa opressão, recusa-se a diferenciação sexual natural e reconduz-se o género à escolha individual. O género não tem de corresponder ao sexo, mas pertence a uma escolha subjetiva, ditada por instintos, impulsos, preferências e interesses, o que vai para além dos dados naturais e objetivos.

O gender sustenta a irrelevância da diferença sexual na construção da identidade e, por consequência, também a irrelevância dessa diferença nas relações interpessoais, nas uniões conjugais e na constituição da família. Se é indiferente a escolha do género a nível individual, podendo escolher-se ser homem ou mulher independentemente dos dados naturais, também é indiferente a escolha de se ligar a pessoas de outro ou do mesmo sexo. Daqui a equiparação entre uniões heterossexuais e homossexuais. Ao modelo da família heterossexual sucedem-se vários tipos de família, tantos quantas as preferências individuais, para além de qualquer modelo de referência. Deixa de se falar em família e passa a falar-se em famílias. Privilegiar a união heterossexual afigura-se-lhe uma forma de discriminação. Igualmente, deixa de se falar em paternidade e maternidade e passa a falar-se, exclusivamente, emparentalidade, criando um conceito abstrato, pois desligado da geração biológica.

4. Reflexos da afirmação e difusão da ideologia do género

A afirmação e difusão da ideologia do género pode notar-se em vários âmbitos. Um deles é o dos hábitos linguísticos correntes. Vem-se generalizando, a começar por documentos oficiais e na designação de instituições públicas, a expressão género em substituição de sexo (igualdade de género, em vez de igualdade entre homem e mulher), tal como a expressãofamílias em vez de família, ou parentalidade em vez de paternidade ematernidade. Muitas pessoas passam a adotar estas expressões por hábito ou moda, sem se aperceberem da sua conotação ideológica. Mas a generalização destas expressões está longe de ser inocente e sem consequências. Faz parte de uma estratégia de afirmação ideológica, que compromete a inteligibilidade básica de uma pessoa, por vezes, tendo consequências dramáticas: incapacidade de alguém se situar e definir no que tem de mais elementar.

Os planos político e legislativo são outro dos âmbitos de penetração da ideologia do género, que atinge os centros de poder nacionais e internacionais. Da agenda fazem parte as leis de redefinição do casamento de modo a nelas incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo (entre nós, a Lei nº 9/2010, de 31 de maio), as leis que permitem a adoção por pares do mesmo sexo (em discussão entre nós, na modalidade de co-adoção), as leis que permitem a mudança do sexo oficialmente reconhecido, independentemente das caraterísticas fisiológicas do requerente (Lei nº 7/2011, de 15 de março), e as leis que permitem o recurso de uniões homossexuais e pessoas sós à procriação artificial, incluindo a chamada maternidade de substituição (a Lei nº 32/2006, de 26 de julho, não contempla a possibilidade referida). 

Outro âmbito de difusão da ideologia do género é o do ensino. Este é encarado como um meio eficaz de doutrinação e transformação da mentalidade corrente e é nítido o esforço de fazer refletir na orientação dos programas escolares, em particular nos de educação sexual, as teses dessa ideologia, apresentadas como um dado científico consensual e indiscutível. Esta estratégia tem dado origem, em vários países, a movimentos de protesto por parte dos pais, que rejeitam esta forma de doutrinação ideológica, porque contrária aos princípios nos quais pretendem educar os seus filhos. Entre nós, a Portaria nº 196-A/2010, de 9 de abril, que regulamenta a Lei nº 60/2009, de 6 de agosto, relativa à educação sexual em meio escolar, inclui, entre os conteúdos a abordar neste âmbito, sexualidade e género.

5. O alcance antropológico da ideologia do género

Importa aprofundar o alcance da ideologia do género, pois ela representa uma autêntica revolução antropológica. Reflete um subjetivismo relativista levado ao extremo, negando o significado da realidade objetiva. Nega a verdade como algo que não pode ser construído, mas nos é dado e por nós descoberto e recebido. Recusa a moral como uma ordem objetiva de que não podemos dispor. Rejeita o significado do corpo: a pessoa não seria uma unidade incindível, espiritual e corpórea, mas um espírito que tem um corpo a ela extrínseco, disponível e manipulável. Contradiz a natureza como dado a acolher e respeitar. Contraria uma certa forma de ecologia humana, chocante numa época em que tanto se exalta a necessidade de respeito pela harmonia pré-estabelecida subjacente ao equilíbrio ecológico ambiental. Dissocia a procriação da união entre um homem e uma mulher e, portanto, da relacionalidade pessoal, em que o filho é acolhido como um dom, tornando-a objeto de um direito de afirmação individual: o “direito” à parentalidade.

No plano estritamente científico, obviamente, é ilusória a pretensão de prescindir dos dados biológicos na identificação das diferenças entre homens e mulheres. Estas diferenças partem da estrutura genética das células do corpo humano, pelo que nem sequer a intervenção cirúrgica nos órgãos sexuais externos permitiria uma verdadeira mudança de sexo.

É certo que a pessoa humana não é só natureza, mas é também cultura. E também é certo que a lei natural não se confunde com a lei biológica. Mas os dados biológicos objetivos contêm um sentido e apontam para um desígnio da criação que a inteligência pode descobrir como algo que a antecede e se lhe impõe e não como algo que se pode manipular arbitrariamente. A pessoa humana é um espírito encarnado numa unidade bio-psico-social. Não é sócorpo, mas é também corpo. As dimensões corporal e espiritual devem harmonizar-se, sem oposição. Do mesmo modo, também as dimensões naturale cultural. A cultura vai para além da natureza, mas não se lhe deve opor, como se dela tivesse que se libertar.

6. Homem e mulher chamados à comunhão

A diferenciação sexual inscrita no desígnio da criação tem um sentido que a ideologia do género ignora. Reconhecê-la e valorizá-la é assegurar o limite e a insuficiência de cada um dos sexos, é aceitar que cada um deles não exprime o humano em toda a sua riqueza e plenitude. É admitir a estrutura relacional da pessoa humana e que só na relação e na comunhão (no ser para o outro) esta se realiza plenamente. 

Essa comunhão constrói-se a partir da diferença. A mais básica e fundamental, que é a de sexos, não é um obstáculo à comunhão, não é uma fonte de oposição e conflito, mas uma ocasião de enriquecimento recíproco. O homem e a mulher são chamados à comunhão porque só ela os completa e permite a continuação da espécie, através da geração de novas vidas. Faz parte da maravilha do desígnio da criação. Não é, como tal, algo a corrigir ou contrariar. 

A sociedade edifica-se a partir desta colaboração entre as dimensões masculina e feminina. Em primeiro lugar, na sua célula básica, a família. É esta quem garante a renovação da sociedade através da geração de novas vidas e assegura o equilíbrio harmonioso e complexo da educação das novas gerações. Por isso, nunca um ou mais pais podem substituir uma mãe, e nunca uma ou mais mães podem substituir um pai.

7. Complementaridade do masculino e do feminino

É um facto que algumas visões do masculino e feminino têm servido, ao longo da história, para consolidar divisões de tarefas rígidas e estereotipadas que limitaram a realização da mulher, relegada a um papel doméstico e circunscrita na intervenção social, económica, cultural e política. Mas, na visão bíblica, o domínio do homem sobre a mulher não faz parte do original desígnio divino: é uma consequência do pecado. Esse domínio indica perturbação eperda da estabilidade da igualdade fundamental, entre o homem e a mulher. O que vem em desfavor da mulher, porquanto somente a igualdade, resultante da comum dignidade, pode dar às relações recíprocas o carácter de uma autênticacommunio personarum (comunhão de pessoas).

A ideologia do género não se limita a denunciar tais injustiças, mas pretende eliminá-las negando a especificidade feminina. Isso empobrece a mulher, que perde a sua identidade, e enfraquece a sociedade, privada dum contributo precioso e insubstituível, como é a feminilidade e a maternidade. Aliás, a nossa época reconhece – e bem! – a importância da presença equilibrada de homens e mulheres nos vários âmbitos da vida social, designadamente nos centros de decisão económica e política. Mesmo que essa presença não tenha de ser rigidamente paritária, a sociedade só tem a ganhar com o contributo complementar das específicas sensibilidades masculina e feminina.

8. O "génio feminino"

Nesta perspetiva, há que pôr em relevo aquilo que o Papa João Paulo II denominou "génio feminino". Não se trata de algo que se exprima apenas na relação esponsal ou maternal, específicas do matrimónio, como pretenderia uma certo romantismo. Mas estende-se ao conjunto das relações interpessoais e refere-se a todas as mulheres, casadas ou solteiras. Passa pela vocação à maternidade, sem que esta se esgote na biológica. Nesta, entretanto, comprova-se uma especial sensibilidade da mulher à vida, patente no seu desvelo na fase de maior vulnerabilidade e na sua capacidade de atenção e cuidado nas relações interpessoais.

A maternidade não é um peso de que a mulher necessite de se libertar. O que se exige é que toda a organização social apoie e não dificulte a concretização dessa vocação, através da qual a mulher encontra a sua plena realização. É de reclamar, em especial, que a inserção da mulher numa organização laboral, concebida em função dos homens, não se faça à custa da concretização dessa vocação, e se adotem todos os ajustamentos necessários.

9. O papel insubstituível do pai

Não pode, de igual modo, ignorar-se que o homem tem um contributo específico e insubstituível a dar à vida familiar e social, cumprindo a sua vocação à paternidade, que não é só biológica, assumindo a missão que só o pai pode desempenhar cabalmente. Talvez o âmbito em que mais se nota a ausência desse contributo seja o da educação, o que já levou a que se fale do pai como o “grande ausente”. Isto pode originar sérias consequências, tais como desorientação existencial dos jovens, toxicodependência ou delinquência juvenil. Se a relação com a mãe é essencial nos primeiros anos de vida, é também essencial a relação com o pai, para que a criança e o jovem se diferenciem da mãe e assim cresçam como pessoas autónomas. Não bastam os afetos para crescer: são necessárias regras e autoridade, o que é acentuado pelo papel do pai.

Num contexto em que se discute a legalização da adoção por pares do mesmo sexo, não é supérfluo sublinhar a importância dos papéis da mãe e do pai na educação das crianças e dos jovens: são papéis insubstituíveis e complementares. Cada uma destas figuras ajuda a criança e o jovem a construir a sua própria identidade masculina ou feminina. Mas também, e porque nem o masculino nem o feminino esgotam toda a riqueza do humano, a presença dessas duas figuras ajudam-nos a descobrir toda essa riqueza, ultrapassando os limites de cada um dos sexos. Uma criança desenvolve‑se e prospera na interação conjunta da mãe e do pai, como parece óbvio e estudos científicos comprovam.

10. A resposta à afirmação e difusão da ideologia do género

A ideologia do género não só contrasta com a visão bíblica e cristã, mas também com a verdade da pessoa e da sua vocação. Prejudica a realização pessoal e, a médio prazo, defrauda a sociedade. Não exprime a verdade da pessoa, mas distorce-a ideologicamente.

As alterações legislativas que refletem a mentalidade da ideologia do género -concretamente, a lei que, entre nós, redefiniu o casamento - não são irreversíveis. E os cidadãos e legisladores que partilhem uma visão mais consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família são chamados a fazer o que está ao seu alcance para as revogar.

Se viermos a assistir à utilização do sistema de ensino para a afirmação e difusão dessa ideologia, é bom ter presente o primado dos direitos dos pais e mães quanto à orientação da educação dos seus filhos. O artigo 26º, nº 3, da Declaração Universal dos Direitos Humanos estatui que «aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação dos seus filhos». E o artigo 43º, nº 2, da nossa Constituição estabelece que «o Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas».

De qualquer modo, a resposta mais eficaz às afirmações e difusão da ideologia do género há de resultar de uma nova evangelização. Trata-se de anunciar o Evangelho como este é: boa nova da vida, do amor humano, do matrimónio e da família, o que corresponde às exigências mais profundas e autênticas de toda a pessoa. A esse anúncio são chamadas, em especial, as famílias cristãs, antes de mais, mediante o seu testemunho de vida.

Declaração da Conferência Episcopal Portuguesa (Igreja Católica Romana) em 2013

cinco frases que um filho precisa ouvir do pai


De Daniel Darling

E X C E R T O S

Na minha casa, Daniel Jr (4 anos de idade) e eu estamos a perder 4-1 com as raparigas, e por isso fizemos uma espécie de aliança para garantir que nem tudo fica pintado de cor-de-rosa, que vemos futebol com alguma regularidade, e que se vêem tantos filmes de super-heróis como filmes da Barbie.

Falando a sério, o trabalho de criar um filho é uma tarefa nobre e importante.

Infelizmente, é um trabalho que muitos homens desleixam, abrindo caminho ao que agora se vê como uma crise de grandes proporções no nosso país:  a crise da paternidade.

Por isso, gostaria de apontar 5 coisas que todo filho precisa ouvir do pai;

1. Gosto de ti

Sem essa afirmação, um homem carrega feridas profundas que afetam os seus relacionamentos mais importantes.

Encontrei homens de todas idades que sonham ouvir essas palavras mágicas que significam bem mais quando vêm do pai: gosto de ti.

2. Estou orgulhoso de ti

Ando a aprender que é importante para nós, pais, sermos firmes com os filhos de muitas maneiras (ver abaixo), mas nunca devemos negar a nossa aprovação.

Claro, às vezes eles vão decepcionar e temos de lho fazer saber e sentir. E, no entanto, é importante não sermos como senhores que, ao tentar motivar os nossos filhos para a grandeza, omitimos o maior condimento que pode facilitar o êxito: a confiança.

3. Tu não és um choninhas, és um soldado

Hoje a cultura apresenta uma imagem confusa da masculinidade. Deus não fez o seu filho, ou o meu filho, para ser um indolente, mas para ser um soldado.

Por favor, não se ponham nervosos com a palavra "soldado". É bom para encorajar os filhos a serem masculinos.

Há uma visão de masculinidade na Bíblia, de nobreza e força, de coragem e sacrifício. Um homem de verdade luta por aquilo que ama. Um homem de verdade valoriza a mulher que Deus lhe dá. Não se serve dela.

4. O trabalho duro é um dom, não é uma maldição

Ócio, preguiça e indecisão são as melhores ferramentas do diabo para arruinar as vidas dos homens jovens.

Eles precisam de perceber que o trabalho é mais duro por causa da queda original, mas em última análise foi dado por Deus para saborear o seu beneplácito. Ficar com as mãos sujas no esforço, na luta, no cansaço – tudo isto é bom, não é mau.

Vamos mostrar-lhes que o trabalho traz alegria. O trabalho honra a Deus. O trabalho bem feito dá glória ao Criador.

5. Tens talento, mas não és Deus

Vamos embeber os nossos filhos num sentimento de confiança, de aprovação, de dignidade. Mas vamos lembrar-lhes que, embora agraciados pelo Criador, eles não são Deus.

Temos de lhes ensinar que a masculinidade genuína não se envaidece. Inclina-se. Pega numa toalha e lava os pés dos outros.

Esta humildade alimenta a compaixão e vai permitir-lhes perdoar àqueles que os hão-de ferir duramente.


--------------------------

V E R S Ã O    I N T E G R A L


Por graça de Deus, eu sou o pai de quatro filhos fantásticos: três meninas e um menino. Na semana passada eu escrevi sobre as 5 coisas que uma filha deve ouvir do seu pai. Hoje eu quero falar sobre pais e filhos.

Assim como é maravilhoso ser o pai de filhas, é maravilhoso ser pai de um filho. Na minha casa, Daniel Jr (4 anos de idade) e eu estamos a perder 4-1 com as raparigas, e por isso fizemos uma espécie de aliança para garantir que nem tudo fica pintado de cor-de-rosa, que vemos futebol com alguma regularidade, e que se vêem tantos
filmes de super-heróis como filmes da Barbie.

Falando a sério, o trabalho de criar um filho é uma tarefa nobre e importante.

Infelizmente, é um trabalho que muitos homens desleixam, abrindo caminho ao que agora se vê como uma crise de grandes proporções no nosso país: a crise da paternidade.

Quando tiver vagar veja as estatísticas e ficar a saber que uma percentagem muito elevada dos jovens que estão na prisão tiveram pouca ou nenhuma experiência de envolvimento com o pai. Na minha função pastoral, eu vi os efeitos devastadores da ausência do pai ou da sua falta de liderança na vida do filho.

Homens, ser pai para os filhos é um trabalho sério. Por isso, gostaria de apontar 5 coisas que todo filho precisa ouvir do pai;

1. Gosto de ti

Qualquer rapaz precisa de ouvir e saber que o pai o ama. Sem essa afirmação, um homem carrega feridas profundas que afetam os seus relacionamentos mais importantes.

Encontrei homens de todas idades que sonham ouvir essas palavras mágicas que significam bem mais quando vêm do pai: gosto de ti.

Nesta altura o meu filho tem só 4 anos, por isso é mais fácil dizer essas coisas. Suspeito que, à medida que crescer, vai ser um pouco mais complicado. Mas continuo a pensar dizer.

Porque por detrás de uma aparência às vezes áspera de um rapaz jovem há um coração que deseja sentir o amor do pai. O que você pode não perceber é que a primeira imagem que o miúdo vai ter do seu Pai celestial é a imagem do pai terreno quando olha para ele.

Ou seja, toca a dizer ao seu rapaz que gosta dele.

2. Estou orgulhoso de ti

Nem sei dizer quantos homens conheço que ainda hoje vivem à espera de ter a aprovação do pai.

No fundo do coração perguntam, porto-me minimamente bem? Estou a fazer o que é certo? O meu pai estará contente comigo?

Ando a aprender que é importante para nós, pais, sermos firmes com os filhos de muitas maneiras (ver abaixo), mas nunca devemos negar a nossa aprovação. Eles precisam de saber, nos momentos certos das suas vidas, que não é preciso que façam mais para conquistar o nosso favor.

Claro, às vezes eles vão decepcionar e temos de lho fazer saber e sentir. E, no entanto, é importante não sermos como senhores que, ao tentar motivar os nossos filhos para a grandeza, omitimos o maior condimento que pode facilitar o êxito: a confiança.

Lembro-me da aprovação que Deus faz ao seu Filho quando estava a ser baptizado por João Batista.
"Este é o meu Filho amado, em ponho a minha complacência" (Mateus 3,17 e Marcos 19,35). Sim, há implicações teológicas  importantes nesta frase para além da aprovação, mas não posso deixar de ver a aprovação de Deus a Jesus como um modelo para a relação que temos com os nossos filhos.

Se o seu filho não subir à 1ª divisão, se ele entrar numa universidade que não é Harvard, se ele se tornar camionista em vez de pastor evangélico, nunca lhe dê a impressão de que gosta menos dele.

Não magoe a sua alma dessa maneira.

3. Tu não és um choninhas, és um soldado

Hoje a cultura apresenta uma imagem confusa da masculinidade.

O que é um homem? A cultura dominante diz que ele é uma espécie de inútil e que o melhor que ele consegue é desperdiçar a adolescência satisfazendo os impulsos sexuais, brincando às guerras na playstation, e sem qualquer tipo de ambição nobre.

Mas Deus não fez o seu filho, ou o meu filho, para ser um indolente, mas para ser um soldado.

Por favor, não se ponham nervosos com a palavra "soldado". É bom para encorajar os filhos a serem masculinos.
Isto não tem a ver com ser caçador de leões, condutor de camiões TIR. Muitos homens verdadeiros bebem leite, conduzem utilitários pequenos, e detestam camuflados (como eu).

Há uma visão de masculinidade na Bíblia, de nobreza e força, de coragem e sacrifício. Um homem de verdade luta por aquilo que ama. Um homem de verdade valoriza a mulher que Deus lhe dá. Não se serve dela.

Um verdadeiro homem procura seguir o chamamento que Deus estampou na sua alma, e que é descoberto através da intimidade com Deus, da identificação com os dons e talentos recebidos, e da satisfação das necessidades profundas do mundo(para parafrasear Buechner).

Ninguém consegue ajudar melhor os nossos filhos a orientar-se para a sua missão que nós, os pais.

Não deixemos o futuro dos nossos filhos ao acaso. Vamos estar ao lado deles, modelando para eles um modo de viver que tenha sentido.

4. O trabalho duro é um dom, não é uma maldição

Ócio, preguiça e indecisão são as melhores ferramentas do diabo para arruinar as vidas dos homens jovens.

Pessoal, os nossos filhos precisam de nos trabalhar no duro e ser incentivados e preparados para trabalhar no duro.

Eles precisam de perceber que o trabalho é mais duro por causa da queda original, mas em última análise foi dado por Deus para saborear o seu beneplácito. Ficar com as mãos sujas no esforço, na luta, no cansaço – tudo isto é bom, não é mau.

Infelizmente muitos jovens nunca viram como é importante para um homem poder trabalhar. Vamos mostrar-lhes que o trabalho traz alegria. O trabalho honra a Deus. O trabalho bem feito dá glória ao Criador. Seja feito com os dedos num teclado, cortando árvores à machadada, ou manobrando uma empilhadora. Seja feito num escritório com ar-condicionado, em pântanos lamacentos, ou debaixo de um carro.

Mas não se enganem: o trabalho importa e o que fizermos com as nossas mãos, se for bem feito, é um sinal do Criador.

5. Tens talento, mas não és Deus

Vamos embeber os nossos filhos num sentimento de confiança, de aprovação, de dignidade. Mas vamos lembrar-lhes que, embora agraciados pelo Criador, eles não são Deus.

Temos de lhes ensinar que a masculinidade genuína não se envaidece. Inclina-se. Pega numa toalha e lava os pés dos outros.

Um homem de verdade sente-se confortável tanto quando reza (faz a oração) como quando fala. Ele sabe que a sua força não está nas suas façanhas ou naquilo que ele acha que as pessoas pensam dele. A força vem de Deus. Esta humildade alimenta a compaixão e vai permitir-lhes perdoar àqueles que os hão-de ferir duramente. Vamos ajudar os nossos filhos a saber que as suas vidas realmente começam, não quando eles tiverem 18 anos ou quando tiverem o primeiro trabalho ou quando se apaixonarem por uma mulher.

As suas vidas começaram numa colina poeirenta há 2.000 anos, aos pés de uma cruz romana, onde a justiça e o perdão se reuniram no sacrifício sangrento do seu salvador.

Vamos ensiná-los que viver a vida sem Jesus é como dar um concerto no convés do Titanic. É bom enquanto dura, mas, por fim, acaba na tristeza.



cristianismo revolucionário

A Revolução Francesa (1789) provocou uma viragem na história da Europa e do mundo, em finais do século dezoito. Inspirados na Revolução Americana (1775-1783), os franceses elegeram como lema da revolução os ideais de Liberdade-Igualdade-Fraternidade.

Todavia, dezassete séculos antes já S. Paulo tinha sistematizado as bases da fé cristã onde incluiu tais conceitos.

Com efeito, escreveu à comunidade cristã de Corinto (II Coríntios 8:14), a propósito da colecta de amor para acorrer à necessidades dos cristãos pobres da Judeia, preconizando alguma forma de “igualdade” na contribuição, tendo em conta as posses de cada um (8:12).

Já a ideia de Liberdade está plasmada em inúmeros textos paulinos, embora sempre com ênfase no plano espiritual, que é o mais importante. “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36), ou ainda “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.” (Gálatas 5:1).

Quanto à Fraternidade, talvez não se encontre passagem neotestamentária mais eloquente do que a introdução da oração que Jesus ensinou: “Pai nosso”, não “Pai meu”. Ou seja, um Pai Celestial que é de todos aqueles que o invocam e aceitam, e que assim se colocam a si mesmos na semelhante condição de irmãos. A suprema fraternidade.

Assim, os ideais que precederam o mundo moderno, a coesão social, a solidariedade e os direitos da pessoa humana, na realidade não foram inventados pelo Iluminismo mas sim pelo Cristianismo, que lhe está a montante. Só não o sabe quem realmente ignora as bases da fé cristã.

E são muitos.

a incrível história de soichiro honda


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios,  empenha  as  próprias  jóias  da  esposa.   Quando  apresentou  o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não!

Volta a escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o taxavam de “visionário”.  O homem fica chateado? Não!

Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste? Não!
Reconstrói sua fábrica. Mas, um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d’água e o homem desiste? Não!
Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entre em pânico e desiste? Não!

Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas”. A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história:  hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria da automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr.  Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"! Você pode estar a um passo do sucesso e da sua realização.
Dê mais passo, trabalhe mais um dia, acredite mais uma vez, levante a cabeça mais uma vez, acredite mais um dia em você, ame mais um dia, sorria mais um dia, persista mais um dia.

carta aos católicos romanos

De maneira alguma desejo perturbar a consciência ou menosprezar a religiosidade de alguém, pois calculo que as coisas que fazem, as fazem por amor e fidelidade às vossas convicções, por isso, rogo-vos para o bem das vossas almas e em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, que revejam as bases da vossa fé. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (1 Coríntios 3:11).

Igreja, baptismo, ceia, missas, cultos, orações, boas obras, penitências, santos, ídolos, ou qualquer outra coisa que possam imaginar; não podem livrar-vos da condenação eterna. Livrai as vossas mentes e os vossos corações dessa grande prisão, Cristo e somente Cristo pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus Pai, vivendo sempre para interceder por eles (Hebreus 7:25). E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos (Atos.4:12).
Denuncio aqui a idolatria estimulada pelo Clero, pois saibam que a Palavra e Deus, a Bíblia Sagrada diz-nos que melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo, são enganosos (Provérbios. 27:5, 6).

Assim venho humildemente, em amor, com grande afeição pela Sã Doutrina que recebi, não de Concílios de homens, os quais são contraditórios em si mesmos e uns com outros e com a Bíblia, mas de Deus por intermédio da Sua Palavra com o auxílio do Espírito Santo. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da escritura é de particular interpretação. Porque nenhuma profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (2 Pedro. 1:20, 21).

Não escrevo isto por necessidade pessoal de justificar-me diante dos homens, pois quem me julga é o Senhor (1 Coríntios. 4:4). Nem tampouco escrevo como por necessidade de defender a Palavra de Deus, pois ela é como um leão, não se defende um leão, solta-se o leão, e ele defende-se sozinho. A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes (Hebreus 4:12). Escrevo para que, aqueles que lerem tenham a oportunidade de conhecerem a verdade. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8:32).

Não escrevo por interesses pessoais, mas por amor a Cristo e à sua ordem, e por amor aos perdidos. Proponho o evangelho, o evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16). Prego o evangelho e desafio a todos os que ouvem, que façam como os sábios e santos de Beréia, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim (Actos 17:11).

Saibam que eu sou fraco, pobre e nu, mas a minha mente está embevecida pela palavra de Deus. É óbvio, que me considero fraco e falível, diferente das altas patentes das hierarquias religiosas, estes tais nunca falham, segundo a concepção do Clero e seus adeptos, mas eu não passo de um vaso de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós (2 Coríntios 4:7).

Também não tenho um líder carnal sentado num trono de ouro. O nosso amado Senhor e Salvador, Jesus Cristo, não se deu a esse luxo no seu ministério terreno, muito pelo contrário, disse Jesus: As raposas têm seus covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça (Mateus 8: 20). O Senhor Jesus ensinou aos seus Apóstolos a serem humildes. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado (Mateus 23: 11, 12).

Idolatria das Imagens. Não pretendo incomodar-vos, citando de forma exaustiva as várias passagens que nos proíbem de fabricarmos imagens com a finalidade de nos curvarmos a elas e as servirmos; pois, se assim fora, melhor seria enviar-lhes a Bíblia. Peço-vos apenas que se dediquem, a conhecer as Sagradas Escrituras, que podem fazer-vos sábios para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (II Timóteo 3:15).

A Palavra de Deus não ensina em parte alguma, que as imagens de escultura ou os santos que já morreram possam ajudar-nos ou interceder por nós. As Escrituras afirmam claramente: Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem (1 Timoteo.2:5). Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo (1 João. 2:1). Será que não é evidente que o ofício de mediador e advogado já estão ocupados, e que o Senhor Jesus os realiza perfeitamente sozinho, sem ajuda de criatura alguma? Portanto, pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hebreus. 7:25).

Pedir intercessão a qualquer outro santo, além de ser antibíblico, é menosprezar, ridicularizar e tirar Cristo do seu lugar de honra. Tudo quanto pedirdes em meu nome Eu vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (João. 14: 13, 14). Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há-de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra (João 16: 23, 24).

A impressão de um Cristo distante é o que leva os homens a abraçar os ídolos. O ídolo parece tão perto, mas está tão longe, e Cristo pode parecer longe, mas está tão perto.

Afirmais que Maria é fonte de graça, não obstante, as Escrituras afirmam que ela foi agraciada e isto é bem diferente de ser a fonte. E, entrando o anjo a onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres (Lucas.1:28). Percebam também que foi a graça soberana de Deus que a diferenciou entre todas as mulheres da sua época e a fez bendita entre todas.

Sei muito bem, que quando usam o termo Maria Santíssima, querem dizer que ela não teve pecado, que é imaculada. Por ventura não errais vós em razão de não saberdes as escrituras nem o poder de Deus? (Marcos. 12:24). Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos. 3:23). Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso é que todos pecaram (Romanos 5: 12). Ninguém está excluso desta lista, excepto Cristo que foi gerado do Espírito Santo no ventre da virgem.

Disse então Maria: a minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu salvador (Lucas 1:46-47). Percebam que Maria reconhece a necessidade de um Salvador; e só os pecadores necessitam da salvação.

Vós que louvais a Maria pelas ruas e catedrais; sabei que, por muito menos uma mulher foi repreendida pelo nosso Senhor Jesus Cristo. E aconteceu que, dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamastes. Mas Ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guarda (Lucas 11:27, 28).

A virgindade de Maria - A bíblia diz: E (José) não a conheceu até que (Maria) deu à luz seu filho, o primogénito; e pôs-lhe o nome Jesus (Mateus. 1: 25). Notemos que Jesus é chamado de primogénito e não de unigénito de Maria. Jesus é o unigénito (Filho único) do Deus Pai (João 3:16), e o primogénito (primeiro filho) de Maria (Mateus 1:28), e primeiro de muitos Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão (Marcos. 6:3a).

Sois Cristãos ou Marianos?

Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar (Isaías. 55: 6-7).

Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações (Hebreus 4: 7b).


Alfredo Pereira da Silva

(re)baptismo nas águas


Num destes dias li um comentário no Facebook de alguém que estava muito triste com outra pessoa, pois esta havia sido novamente baptizada. Pelo que pude constatar a pessoa que foi rebaptizada havia anteriormente frequentado uma determinada igreja* e agora estava a frequentar uma outra igreja*. Com isso, ela foi novamente baptizada nas águas. A pessoa que ficou triste com a atitude da pessoa que foi rebaptizada fazia parte da liderança da primeira igreja*, e comentou que a pessoa que havia sido rebaptizada...

Haverá necessidade de uma pessoa ser novamente baptizada nas águas? O que levará a pessoa tomar a decisão de ser rebaptizada?

Bem, analisando sem fazer uma análise profunda ao tema, consigo compreender o rebaptismo em alguns casos: 

- Um deles é quando uma pessoa vem de uma igreja* onde se pratica o baptismo de bebés, quando seus pais decidiram por ela. Aí ela cresceu, e convicta na sua fé, toma a decisão de cumprir o mandamento de Jesus.

- Um outro caso é quando a pessoa foi baptizado somente em nome de Jesus. Na Bíblia encontramos que os discípulos de Cristo baptizavam "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28.19).

- Um outro casos é quando uma pessoa vem de uma outra igreja* em que a actual igreja* não a considera como igreja* que professa a mesma fé. Não aceitando o primeiro baptismo como válido, motiva a pessoa ser novamente baptizada.

- Um outro caso é quando a pessoa reconhece que quando foi baptizada não tinha consciência do passo que estava a dar e do compromisso que isso implica perante o Corpo de Cristo e o Reino de Deus. Sei de pessoas que foram baptizadas por "pressão" por parte de suas lideranças espirituais na altura, por precisavam de apresentar números de baptismos realizados; outros foram novamente baptizados porque no momento em que foram primeiramente baptizados não o fizeram com a motivação certa - por exemplo: porque queriam ser baptizados juntamente com A ou B, pressão de pais, etc.

* "igreja". Entenda-se que quando escrevo "igreja" neste texto estou a referir-me a uma denominação, e não ao verdadeiro significado da palavra.

    águias


    Alguma vez já pensou aonde vão as águias quando a tormenta vem? Onde é que elas se escondem? 

    Elas não se escondem. Abrem suas asas que podem voar a uma velocidade de até 90km/h, e enfrentam a tormenta. 

    Elas sabem que as nuvens escuras, a tempestade e os choques elétricos podem ter uma extensão de 30a 50m, mas lá em cima brilha o sol. Nessa luta terrível podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente. Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. 

    Finalmente, as águias também morrem, mas alguma vez você achou por aí um cadáver de águia? De galinha talvez, de cachorro ou de pombo, quem sabe até de um bicho de mato nessa extensas estradas de reserva ecológica, mas cadáver de águia você não encontra. Sabe por quê ? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Procuram com seus olhos o pico mais alto, tiram as últimas forças de seu cansado corpo e voam aos picos inatingíveis e aí esperam resignadamente o momento final. Até para morrer elas são extraordinárias. Talvez por isso o profeta Isaías compara os que confiam no Senhor com águias. 

    Quem sabe hoje você tem diante de si um dia cheio de desafios. Alguns deles podem parecer
    impossíveis de ser vencidos, mas lembre-se: descanse no Senhor, passe o tempo com Ele e depois parta para a luta, sabendo que depois daquela tormenta brilha o sol. 

    "Mas os que esperam no Senhor, renovam as suas força; subirão como asas como águia; correrão e não se cansarão; andarão e não se fatigarão" Isaías 40:31

    fazendo discípulos

    Acho muito interessante ver a ordem de Jesus contida em Mateus 28:19, "Fazei Discípulos". Estas duas palavras dizem muito:

    1°) Note que Jesus disse "fazei" ou "façam", isso conota que da parte daqueles que receberam a ordem, algo deveria ser construído. Se o Mestre pedisse "conquistem", nós só precisaríamos achar, ou lutar por eles, se a ordem fosse "convençam", então teríamos que treinar nossa oratória e conhecimento bíblico, ou se ele falasse, "achem onde estão" só precisaríamos colocar em cartazes, programas de TV ou Rádio, shows e festas que estávamos os procurando. "Fazer" envolve estas coisas, mas envolve uma palavra maior, "envolver". Quem quer construir algo precisa entender que aquilo que é duradouro é feito com calma, conhecimento, amor. Fazer discípulos é construir junto com alguém um carácter para que este seja o mais próximo de Jesus.

    Logo: Fazer = Construir envolvendo-se

    2°) A palavra é "discípulo". Jesus não disse "Fazei evangelismos", porque apesar deste ser importante, é apenas um passo do discipulado. Cristo não falou "Fazei cópias", os discípulos tinham suas personalidades e o Mestre respeitava. Ele muito menos falou "Fazei Sentimentalistas" pois apesar do amor dEle me emocionar eu ainda preciso estar firme nos alicerces da Palavra de Deus. Ele disse "DISCÍPULOS", por que esta palavra leva a aprendizagem, um discípulo é alguém extremamente dedicado, não aceita nada mais do que o máximo, porém toda essa dedicação é para o aprendizado. Por isso ser o melhor discípulo significa que você é o melhor aprendiz. Ah! por isto também que ele não disse "fazei mestres".

    Logo: Discípulo = Se dedicar sempre aprendendo

    Sabendo disto precisamos apenas colocar mais uma informação, a ordem de Jesus foi dada a pessoas que já eram consideradas Seus discípulos, isto é, essas duas palavras necessitam ser um ciclo. Só um discípulo pode fazer outro.

    Agora juntem comigo estas duas palavras: Fazer = Construa envolvendo-se, e Discípulo = Se dedicar sempre aprendendo e coloque junto nossa última informação sobre o ciclo do discipulado, pronto, agora podemos entender de maneira plena a ordem de Cristo. Jesus pediu para pessoas dedicadas e prontas a aprender (discípulos) que construíssem um relacionamento baseado no envolvimento (fazer) até que estas pessoas pudessem se tornar dedicadas e tão humildes que sempre estivessem prontas a aprender (discípulos).

    Se essa ordem de Cristo fosse realmente nossa bandeira, nossas amizades, nossas famílias, nossos estudos bíblicos, escolas sabatinas, cultos, seriam voltados para a aproximação e essa com muita paciência. Ao invés de críticas traríamos um abraço que lembraria que todo aprendiz tem erros, ao invés de longas discussões teríamos este tempo para ouvir, pois como posso construir alguém sem saber quem é? Ao invés de falsas prosperidades entenderíamos que o chamado de Jesus foi e sempre será um pedido para me doar, no tempo que for preciso e com toda perseverança que Ele teve por mim!

    FAZEI DISCÍPULOS!

    Adaptado de Tiago Cordeiro

    membros uns dos outros

    A Bíblia nos diz que quando nos unimos ao Senhor (através do novo nascimento, "salvação"), passamos a fazer parte dEle, ou seja, somos membros do Seu Corpo (Corpo de Cristo). I Coríntios 6.17 - "Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele."

    I Coríntios 12.2 diz-nos o seguinte: "Porque assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo."

    Efésios 5.30 diz-nos também o seguinte: "Porque somos membros uns dos outros" (ver também Efésios 4.25 e Romanos 12.5).

    Nossa participação na vida de Cristo nos coloca automaticamente numa relação orgânica com Seu Corpo. Não é possível participar de Cristo sem participar, portanto, uns dos outros. Nossa unão com Cristo envolve nossa união com todos aqueles que estão unidos a Cristo. Ao sermos "um com Cristo", também somos "um com os meus irmãos". Esta é a ligação mais importante que temos na terra.

    Jesus orou (João 17.20-23) para que Seus discípulos fossem um - unidade perfeita, visível e manifesta ao mundo.

    Precisamos de ver-nos como Ele nos vê: membros do Seu Corpo, um com Ele, membros uns dos outros e um com os irmãos.

    Cada cristão tornou-se filho do mesmo Pai (Deus). Ao nascer de novo, fomos gerados filhos de Deus, por adopção. E, Jesus Cristo, é o nosso irmão mais velho, o primogénito.

    Nem todos os Homens são nossos irmãos, pois nem todos são filhos de Deus!

    Jesus disse que a característica marcante da comunidade dos dicípulos seria o amor que teriam entre si (João 13.35). Amar é dar-se, entregar-se, e é o que nos leva à vida comunitária. É impossível fazer-se parte do Corpo de Cristo, ser filho de Deus, e não amar: a Deus, ao irmão e ao próximo (ainda não irmão). Tudo na vida do cristão deve ser feito com amor! Tudo o que seja feito sem amor, não tem qualquer valor! (I Coríntios 13.1-3).

    O amor, mandamento de Deus, deve desenvolver-se e abundar cada vez mais no cristão, ao ponto de conduzi-lo à "koinonia" (estar junto) e à "diakonia" (serviço mútuo).

    Salmo 133 fala da importância da "koinonia" (comunhão). É quando estamos juntos que podemos edificar e sermos edificados (Actos 2.42,44,46). A comunhão entre os irmão é algo intrínseca à própria natureza da Igreja (Corpo de Cristo).

    Infelizmente tem vindo a crescer na última década a ideia do cristianismo solitário - "desigrejados". Essa é uma mentalidade maligna. Ovelha sozinha é presa fácil do lobo. Todo o membro que viva afastado do corpo irá apodrecer, pois não recebe a vida que corre pelo corpo. A mentalidade de cristianismo solitário vai contra a mentalidade cristã de comunidade, bem visível no livro de Actos dos Apóstolos. Hebreus 10.25 diz-nos que n\ao devemos deixar de congregar, ou seja, de nos juntarmos com outros cristãos, mesmo que eles não tenham o mesmo ponto de vista (Romanos 14.1).

    Como filhos de Deus, irmãos uns dos outros, precisamos de ter uma mentalidade de família, comunidade. Somos um em Cristo! Não podemos pensar, sentir, agir, planear como indivíduos solitários.

    Vemos em Actos dos Apóstolos que os irmãos (filhos de Deus) se reuniam de "casa em casa" para relacionamento e adorar a Deus (Actos 5.42; 20.20; entre outros textos).

    a graça de deus

    O que é a Graça de Deus?

    Graça é o poder de Deus disponível para satisfazer as nossas necessidades sem qualquer custo para nós. É recebida muito mais pelo crer do que pelo esforço humano.

    Tudo na Bíblia - salvação, plenitude do Espírito Santo, a comunhão com Deus, e toda a vitória em nossas vidas diárias - está fundamentada na Graça de Deus.

    Sem graça nada somos, nada temos, nada podemos. Não fôra pela graça de Deus, seríamos miseráveis e sem esperança.

    Lucas 2.40 - "... e a graça de Deus estava com Ele."  Este versículo resume tudo o que Jesus precisou, e o que nós também precisamos  para a nossa vida diária como cristãos:

    - fortes no espírito - "crescia e se fortalecia"
    - cheio da sabedoria de Deus - "enchendo-se de sabedoria"
    - Sua graça sobre nós (vers. 40).

    Se permitirmos que a Graça de Deus tenha completo domínio sobre a nossa vida, nada nos será impossível. Sem ela, nada nos será possível. O apóstolo Paulo afirmou que tudo o que somos, fazemos e temos é pela graça de Deus - "tudo posso nAquele que me fortalece". Isso é verdade apenas pela Graça de Deus!

    Toda a força, conhecimento, poder, conquistas ou boas obras vêm pela Graça de Deus-

    Efésios 2.10 - "Somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas."

    Hebreus 4.3 diz-nos que as boas obras foram preparadas para nós por Deus "desde a fundação do mundo."

    João 15.5 diz-nos que "sem Mim (separados dEle) nada podeis fazer."

    Somos simplesmente vasos por meio dos quais Deus faz a Sua própria obra. Somos colaboradores de Deus!

    Se realmente acreditarmos que Deus está em completo controlo da nossa vida, nenhuma das coisas que saírem erradas nos irritará ou desencorajará, porque sabemos que por meio de todas elas Deus está a realizar o Seu plano em nós. Não nos gloriaremos no que nós estamos a fazer para Deus, mas no que Ele está a fazer por nosso intermédio.

    Aprendamos a confiar a nossa vida a Deus, todos os cuidados, confiando na Sua maravilhosa graça.

    Esposa infiel

    Tiago 4.4-6

    Outra definição de "graça de Deus" é poder do Espírito Santo para opôr-se à tendência maligna (para o mal) dentro de cada um de nós.

    Qual tem sido a nossa tendência maligna? Ser como uma "esposa infiel" (adúlteros) conforme Tg 4.4.

    Uma outra versão deste texto diz o seguinte: "Vós sois como esposa infiéis (tendo casos ilícitos com o mundo) e quebrando vosso voto de casamento com Deus! Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?"

    Teremos que admitir que a Igreja (e "Igreja" somos todos nós!) tem sido uma "esposa" independente, confiando nas suas obras, nas suas riquezas, etc., e não dependente de Deus!

    Sempre que olhamos para nós mesmos, ou para os outros a fim de satisfazer as nossas necessidades, somos uma "esposa infiel".

    No meio dos problemas e frustrações Deus nos dá a Sua Graça (capacidade do Espírito Santo) para nos opormos completamente a essa e a todas as outras tendência do mal (carne).

    O arrogante e orgulhoso (soberbo - vers. 6) procura resolver as coisas sozinho, sem Deus, de forma independente, sem procurar conselho; mas Deus dá graça (e mais graça) continuamente ao humilde.

    Deus deseja dar-nos o poder para que superemos nossos motivos e intenções erradas, ao invés de tentarmos resolver tudo sozinhos, em nosso próprio poder e do nosso próprio jeito.

    amor, base da vida cristã

    Ao longo da minha vida cristã (já lá vão cerca de 33 anos), tenho constatado imensas coisas que talvez já pudesse escrever um ou mais livros em que pudesse relatar sobre as "feridas" da Igreja, que precisam ser tratadas, para que a Igreja seja realmente aquela noiva imaculada e sem ruga que Jesus (o noivo) deseja. 

    No passado dia de ontem tive a oportunidade de compartilhar na nossa comunidade, sobre o amor e o relacionamento entre os irmãos. Ao iniciar esta série de artigos, ainda não sei se vai ser longa ou não, mas mesmo que venha a ficar, gostaria de motivá-lo(a) a ler sem desanimar, pois gostaria que no final pudesse analisar a sua vida, e não só... Convém também dizer que escrevo esta série de artigos principalmente para aqueles que se consideram cristãos.

    Aqui vou falar de algumas verdades, mesmo que sejam um pouco duras de "ouvir". A Bíblia nos ensina que quando recebemos Jesus Cristo na nossa vida, e fizémos dEle o nosso único Salvador e Senhor, fomos unidos a Deus (I Coríntios 6.17). Através dessa decisão, passámos a aceitar Deus como nosso Pai, e Jesus Cristo como nosso irmão mais velho, pois Ele é o filho primogénito de Deus. Nisso, todos aqueles que tomaram a decisão de fazer de Jesus o seu Senhor, passam a ser irmãos (espirituais) uns dos outros (I Coríntios 12.2; Efésios 5.30).

    A Bíblia compara a cada cristão como uma célula no Seu Corpo. Não é possível participar da vida de Jesus, sem participar, portanto, uns dos outros. Nossa união com Cristo envolve nossa união com todos aqueles que estão unidos a Cristo. Atrevo-me até a dizer que, nossa ligação com nossos irmãos na fé cristã é mais importante que nossa ligação com nossos familiares carnais. Enquanto nosso relacionamento com nossos familiares carnais é temporal, o nosso relanciomento com nossos irmãos na fé cristão é intemporal. Estarmos unidos uns aos outros (unidade) é tão importante, que o próprio Jesus orou ao Pai por isso em João 17.20-23. 

    Resumindo até ao momento, somos membros do Corpo de Cristo, somos um com Ele, mas também fomos feitos membros uns dos outros, e um com os nossos irmãos. Contrariamente ao que já ouvi por parte de alguns líderes espirituais, nem todos os Homens (homem e mulher) são nossos irmãos, pois nem todos são filhos de Deus. Podem vir a sê-lo, se decidirem aceitar a Jesus como seu Senhor, e a Deus como seu Pai. É duro, mas Jesus mostrou que a outra alternativa é serem filhos do diabo (Lúcifer). Não dá outra solução.

    Só há dois caminhos, duas possibilidades, duas alternativas: ou filhos de Deus (pelo arrependimento e confissão de fé), ou filhos de Lúcifer (mesmo não tendo consciência disso, ou mesmo que não queira). É dura esta verdade, mas é a que a Bíblia nos mostra.  

    Conheça mais. Adquira o livro (formato físico ou ebook). 

    troca de valores


    Tenho chegado ao um ponto na vida de ponderar a respeito de muitas coisas. Tenho ouvido alguns testemunhos de vida, observado algumas coisas acontecerem, que me levam a tirar algumas conclusões: Vivemos actualmente num mundo em autêntico alvoroço. Sinceramente não faço ideia se estamos nos tempos finais, ou se teremos ainda muitos anos pela frente. Mas como as coisas estão, mostram-me que os tempos em que vivemos são de grandes crises. Existem crises políticas, económicas, educacionais, culturais, etc. Mas as maiores crises que vejo no mundo de hoje, é a crise espiritual, e a crise de valores. 

    Como cristão, observo numa mão as acções do Estado Islâmico no Médio Oriente, as perseguições aos cristãos e não-cristãos que não se submetam às suas ideias radicais, as decapitações, torturas, tráfico humano a fim de obter recursos financeiros para a realização dos seus fins; as perseguições aos cristãos em outros países, como por exemplo a Coreia do Norte, na China, etc.; e na outra mão observo uma quantidade enorme de cristãos sentados nas cadeiras de suas igrejas completamente “desligados” com o que ocorre no mundo, completamente sem acção perante o sofrimento dos outros, indo domingo após domingo, às suas reuniões de igreja, sem que seus corações lhes doam pelo sofrimento do seu próximo. Bem diz o provérbio popular: “longe da vista, longe do coração”! 

    Para os últimos é mais importante investir seus recursos financeiros em luzes, som, palcos, em mega-concertos, almoços de convívio, viagens, etc., do que auxiliar os seus irmãos, e não só, que passam dificuldades económicas, sofrem torturas, prisões, e até a morte. Com isto não estou a dizer que não concorde com a utilização de luzes, som, etc., nas reuniões da igreja – eu pessoalmente gosto de uma boa reunião com luzes, bom som,  um bom louvor, muitas vozes, etc -, com o arrendamento de um espaço para a igreja se reunir, etc., mas a minha grande questão é: qual é a prioridade? Será que as luzes, som, palcos, organização de concertos e conferências, oradores, etc., mais importante que investir em ajudar o próximo que está a sofrer, que poderá estar em risco de vida? 

    Mateus 25.31-46 fala da ajuda social que damos aos outros. Na Bíblia são mais de 2350 versículos em que Deus ensina sobre o apoio ao órfão, à viúva, ao necessitado. A nossa fé deverá ter efeitos (acções) em favor daquele que sofre. Esse tal será acolhido por Deus com alegria (vers. 34-40). Nossa fé não pode somente servir para frequentarmos reuniões espirituais, crescimento espiritual e moral a nível pessoal e familiar, mas deve também nos mover na acção conjunta em favor daqueles que estão a ser perseguidos, torturados, a passar fome, traficados, a se prostituirem, etc., resgatando-os dessa vida, e dando-lhes a oportunidade de viverem uma vida melhor. 

    Hoje posso dizer que já estive distraído, pensando toda a semana na reunião da igreja no próximo fim-de-semana; como a mesma iria ser, como fazer isto e aquilo. E parecia que tudo girava à volta daquilo, das reuniões. Mas hoje percebo que as reuniões são importantes, mas é o Espírito Santo quem deve dirigi-la. Hoje percebo que preciso dedicar-me mais à minha família. Ensinar os meus filhos no caminho de Deus, e não descansar tanto no professor da Escola Bíblica, ou outro nome dado, de acordo com a igreja. Mas assumir a responsabilidade de pai e marido na minha família. E mover-me também em acção (fé prática) para fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ser “Cristo” (espero que me percebam) enquanto estiver aqui nesta Terra, atingindo onde os meus braços consigam chegar, aqueles que precisam de um abraço, de um saco de alimento, de uma marcação de entrevista com quem possa desbloquear uma situação dificil, assinando uma petição de libertação, juntando meus trocos com outros trocos para apoiar projectos sociais, etc. E mais não digo...

    pare de procurar a felicidade


    Muitas pessoas dizem: "Quem nos mostrará tempos melhores?" Deixe seu rosto brilhar para nós, Senhor! O Senhor encheu o meu coração de alegria, alegria que é muito maior que daqueles que multiplicam o seu trigo e o seu vinho. Quando vou dormir, meu coração está em perfeita paz e tenho um sono tranquilo porque o Senhor me dá a mais perfeita segurança - Salmo 4:6-8.  

    Só a humanidade tem um desejo de sentido na vida. Posso assegurar-vos que os animais não se sentam a ponderar a razão de sua existência. Eles não vão ficar a olhar para trás na sua vida e dizer: "Você sabe, eu tentei de tudo como um cão. Eu persegui gatos. Eu bebi água da casa de banho. Eu tentei ossos. Mas dentro de mim, havia um vazio." Os cães não pensam dessa forma. Eles pensam principalmente, em alimentos e... sono. Os cães não são feitos à imagem de Deus.

    Mas você e eu, fomos criados à Sua imagem. Somos pessoas destinadas a conhecer a Deus e viver acima desta existência mundana que chamamos de vida. Desde o momento do nosso nascimento, nós estamos numa busca, e a resposta para todas as nossas perguntas é encontrada num relacionamento com Ele. Deus pode nos dar o prazer que ultrapassa de longe os débeis prazeres fugazes que este mundo oferece. E a boa notícia é que não há ressaca na manhã seguinte.

    Não há culpa que o acompanha. Como o Salmo 16:11 diz: "Na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente." Há prazer em conhecer a Deus, não correndo atrás de felicidade. Nunca iremos entrar felicidade ao persegui-la. Mas o que vamos descobrir é que enquanto perseguimos Deus, enquanto buscamos a Deus e andamos com Ele, então, um dia vamos perceber que nos tornamos pessoas felizes.

    A felicidade não vem através da busca ativa, mas por colocar a nossa vida em equilíbrio. A felicidade e a alegria são os subprodutos do equilíbrio. É como o Senhor Jesus disse: Se você buscar a Deus e Seu plano em primeiro lugar, tudo o mais na felicidade - inclusive a vida da paz - vai cair-lhe no colo.

    acção de graças


    Aqui está a verdadeira história desta celebração em quatro etapas. 

    Criado para a Acção de Graças 

    Deus criou a humanidade para a gratidão. Você existe para apreciar Deus. Ele te criou para homenageá-lo, dando-lhe graças. Apreciar tanto quem é Deus e suas acções para nós - ao nos criar e sustentar a nossa vida -, é fundamental. Como ele descreve em Romanos 1 o que está errado com o mundo, o apóstolo Paulo nos dá esse vislumbre do lugar de apreciação na ordem criada: "Embora tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças , mas eles tornaram-se fúteis em seu pensamento, e o seu coração insensato se obscureceu." Parte do que o primeiro homem e mulher foram criados para fazer é honrar a Deus sendo agradecido. Nós existimos para fazer honrar a Deus sendo gratos – daí os inúmeros mandamentos bíblicos prescrevendo gratidão. A humanidade foi criada para apreciar Deus. Mas, como já vimos em Romanos 1, a ingratidão não estava longe.

    Abandono da Acção de Graças

    Em segundo lugar, todos nós falhámos miseravelmente em apreciar Deus como deveríamos. 

    Em seu livro sobre a gratidão, Ann Voskamp dá expressão memorável para o fracasso do primeiro homem e mulher - e o diabo antes deles -, em expressar gratidão.

    De todos os nossos começos, continuamos a reviver a história do Jardim. Satanás, ele queria mais. Mais potência, mais glória. Em última análise, em sua essência, Satanás é um ingrato. E ele colocou o seu veneno no coração do Éden. O pecado de Satanás torna-se o primeiro pecado de toda a humanidade: o pecado da ingratidão.

    Adão e Eva são, simplesmente, dolorosamente, ingratos para o que Deus lhes deu. Não é esse o catalisador de todo o meu pecado? Nossa queda foi, sempre foi, e sempre será, que não estamos satisfeitos em Deus e que Ele dá. Temos fome de algo mais, algo diferente. Satanás, o ingrato gera ingratidão em Adão e Eva, que passaram para todos nós.

    Tanto antes e depois da nossa conversão, somos pessoas ingratas. Isto é tão dolorosamente verdadeiro.

    Resgatado por Acção de Graças

    Em terceiro lugar, o próprio Deus, na pessoa de seu Filho, Jesus, entrou em nosso mundo ingrato, viveu em apreço impecável de seu Pai, e morreu em nosso nome pela nossa ingratidão crónica. É Jesus, o Deus-homem, que manifestou a vida perfeita de gratidão.

    Se você já seguiu os textos onde Jesus dá graças ao Pai, você sabe que é uma lista bastante impressionante.

    Mateus 11:25 [também Lucas 10:21]
    João 11:41
    Mateus 15:36 [também Marcos 8: 6] [também João 6:11 e João 6:23
    Lucas 22:17-20 [também Mateus 26:27 e Marcos 14:23 ] [Actos 27:35]
    I Coríntios 11: 23-24

    Jesus não é apenas o próprio Deus, mas também o ser humano essencialmente agradecido. O Deus-homem, não só morreu para perdoar nossas falhas em dar a Deus as graças que a Ele é devido, mas também viveu a vida perfeita de gratidão em nosso nome em relação ao Pai.

    Liberto para a Acção de Graças

    Finalmente, pela fé em Jesus, somos redimidos da ingratidão, e sua justa pena eterna no inferno, e libertos para desfrutar o prazer de estar duplamente grato por favor de Deus para connosco, não só como suas criaturas, mas também como seus remidos.

    É apropriado para uma criatura estar em uma postura permanente de gratidão para com o seu criador. E é ainda mais apropriado para um rebelde resgatado de estar em uma postura permanente de gratidão para com seu Redentor. O tipo de vida que flui de tal graça maravilhosa é a vida de gratidão contínua. Este é o tipo de vida em que o cristão nascido de novo está sendo continuamente renovado, progressivamente sendo feito mais como Jesus.

    E assim, o apóstolo Paulo encoraja os cristãos a ter uma vida caracterizada por acção de graças.

    Colossenses 1:11-12
    Colossenses 2: 6-7
    Colossenses 3:15-17
    Efésios 5:20
    I Tessalonicenses 5:18

    Só em Jesus, o modelo de valorização da criatura, somos capazes de tornar-nos o tipo de pessoas persistentemente agradecidos, cumprindo o propósito pelo qual Deus nos criou. Para o cristão, com os dois pés firmes nas boas novas de Jesus, há possibilidades de uma verdadeira acção de graças que de outra forma nunca saberia.



    "nova" igreja


    A igreja nas casas é a maneira de ser igreja que encontramos no Novo Testamento. Por meio das casas, a igreja existe de forma mais parecida com a igreja do século I. A casa é o lugar em que as pessoas são evangelizadas, discipuladas, equipadas para servir; é o lugar onde os membros se edificam mutuamente. As pessoas participantes servem como comunidade em que os cristãos podem prestar contas uns aos outros e manter total transparência entre si. 

    Em Mateus 9.36 lemos que Jesus viu as multidões "como ovelhas sem pastor". Nos nossos dias, o problema na comunidade cristã é o mesmo. Geralmente um pastor é responsável por mais pessoas que ele consegue pastorear (acompanhar pessoalmente). Pouca atenção se dará às suas necessidades espirituais e pessoais. A Família de Cristo - a igreja -, funciona melhor quando cada cristão pode seguir os passos de alguém que está mais adiante, e que tem a vontade de ajudar aqueles que estão um pouco atrás. Assim se forma uma corrente de pessoas que se preocupam e cuidam umas das outras. Cada cristão é um sacerdote, dotado pelo e com o Espírito Santo, para edificação mútua (I Co 14.26). 

    Os métodos que têm sido usados pelas igrejas têm produzido 'frutos' débeis e fracos em sua maioria. Os métodos que têm sido desenvolvidos para a evangelização, edificação e conservação dos 'frutos', mesmo que tenham produzido alguns frutos, observamos que não têm sido os mais correctos, nem os mais bíblicos. Se observarmos bem, a finalidade de todas as campanhas, é que as pessoas assistam as reuniões.

    Para a edificação delas contamos com: a) escola dominical; b) pregação do Pastor; e nisto descansa toda a edificação delas. Os pontos débeis são: a) o trabalho é demasiadamente impessoal; b) depende de homens muito hábeis; c) é pouco eficaz na formação de novos lideres; d) não promove a participação de todo o corpo de Cristo. 

    Notamos que os apóstolos sem campanhas de evangelização programadas, sem construir templos, sem criar seminários, obtinham resultados muito melhores que os nossos, tanto em qualidade quanto em quantidade. Não existia a imprensa, não podiam repartir bíblias, não haviam meios massivos de comunicação, não tinham veículos, gravadores, não contavam com uma missão estrangeira para sustentá-los, não tinham lugares para retiros espirituais, etc. 

    Que segredo tinham para ter semelhante êxito? Qual era sua forma ou modo de trabalhar? Devemos voltar à nossa origem, devemos deixar nossos métodos e voltar à prática apostólica. 

    1. Do reunionismo ao discipulado

    O Senhor não disse: “Ide e fazei reuniões em todas as nações”, mas sim “fazei discípulos em todas as nações”. Tínhamos todo o tipo de reunião, de evangelismo, de oração, de estudo bíblico, de escola dominical, de senhoras, de senhores, de jovens, de adolescentes, de comissões, etc. Mas não tínhamos discípulos. Gastávamos nossas energia num sem número de actividades e não estávamos fazendo o essencial, formar discípulos.

    Afinal tínhamos tantas reuniões que não tínhamos tempo para fazer outra coisa. Mas a mudança veio! Custou muito caro, porem mudamos! O ministério pastoral púlpito/congregação se modificou para um relacionamento discipulador/discípulo.

    Isto significa entender que o nosso ministério principal consiste em concentrar-nos em poucos (Jesus tinha doze). Conhece-los, ama-los, dar-lhes nossa vida, nosso lar, conviver com eles, ser exemplos, abençoa-los, repreende-los, instruí-los, compartilhar suas cargas, chorar com eles, rir com eles, assumir autoridade, velar e ensinar sobre todas as áreas da vida, tais como, família, trabalho, sexo, carácter, negócios, estudos, oração, testemunho, etc.

    “Fazer discípulos” significa formá-los, guia-los a maturidade e comissiona-los para que eles façam o mesmo com outros.

    Reconheço que é mais fácil fazer 100 reuniões que formar um discípulo. Isto não significa que não fazemos mais reuniões, mas sim que fazemos menos reuniões com o fim de dedicar-nos a esta tarefa absorvente.

    Observação: o ministério não se desenvolve através de reuniões, mas sim de relacionamentos. Jesus nunca foi homem de púlpito, era homem de relacionamentos, de convivência (Mc 3.14).

    2. A igreja é formada por discípulos

    Quero insistir sobre o evangelho que pregamos, pois é ele que irá produzir a classe de discípulos que queremos, ou seja frutos permanentes. A porta deve ser estreita, pois quem entrar não quererá sair pelos fundos.

    Discípulos são aqueles que amam a Cristo acima de qualquer coisa, são mansos e dóceis ao ensino da palavra. Não são como cabritos, mas sim como ovelhas. É gente que frutifica, não é gente que se senta nos bancos para ouvir boas mensagens.

    Jesus nunca apontou os sinais de poder e maravilhas como característica de seus discípulos, mas sim o amor. Há diferença entre sinal acompanhante e evidência que caracteriza. Embora Jesus tenha dito que os sinais acompanham os que crêem nele, não disse que a característica de um discípulo é que seja acompanhado por sinais, isto porque ele sabia que estes sinais de poder também seguiriam os que não eram seus discípulos (Mt 7.22-23; 1 Ts 2.9).

    Quero que o poder carismático acompanhe o meu ministério, mas isto nunca será para mim, uma evidência que me caracteriza como discípulo de Cristo.

    Somente o amor é uma característica definitiva.

    O diabo pode imitar os sinais e prodígios, o esforço e a dedicação, o zelo e muitas outras coisas. Só não pode imitar o amor!

    O discipulado está baseado nisto: um coração entregue ao Senhor.

    Vídeos interessantes:

    Igreja - o que deve ser - VER
    Igreja Simples - parte 1
    Igreja Simples - parte 2
    Igreja Simples - parte 3
    Igreja nas casas (Sérgio Franco) - VER
    Conversando sobre Igreja (S. Franco) - VER
    Entendendo o verdadeiro Discipulado - VER

    Outros artigos relacionados com o tema... VER