domingo, 28 de fevereiro de 2016

jesus, o senhor


Romanos 10.9,10 - "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e com teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."

A palavra grega para "senhor" era "kyrius". O senhor era o proprietário de escravos e era usada por eles quando queriam falar ou se referiam ao seu amo. Quando se referiam ao imperador romano, usavam com letra maiúscula: "Senhor".

Jesus Cristo, revelou-se como Senhor! Muitos querem que Jesus seja simplesmente o Salvador, o Médico, mas não Senhor. Reconhecer Jesus como Senhor, significa reconhecer que somos Seus "escravos" (servos). Sendo escravos, não temos nada (Lucas 14.33) senão o que o nosso Senhor permite que tenhamos. O escravo era uma pessoa destituída de tudo o que possuía, sem liberdade, autonomia, vontade própria, e até nome, sem direito a receber qualquer recompensa pelos seus serviços.

Antes, sem Jesus como nosso Senhor, éramos escravos (mesmo sem termos noção disso) de Satanás. Somente há dois senhores, dois caminhos, duas opções, dois destinos!

Ao aceitarmos o desafio de aceitarmos a Jesus Cristo como nosso Senhor, deixamos de ser escravos de Satanás. Antes vivíamos servindo às trevas e às obras da carne, na nossa rebelião e independência de Deus, mas agora passamos a ser escravos de Jesus, pertença d'Ele, para fazer a Sua vontade, completamente submissos e dependentes d'Ele (Marcos 8.34-36; II Coríntios 5.15; Romanos 6.18). Agora pertencemos ao reino de Deus!

Romanos 14.7-9 diz-nos que agora "quer vivamos ou morramos somos de Cristo." Nossa vida pertence a Ele! Nossa eternidade será passada ao lado dEle.

Jesus Cristo é Senhor! Ele é o Rei! Neste novo Reino, temos um Rei a quem devemos obediência e fidelidade!

Como entramos no Reino de Deus?

1 - Arrependimento (assunto abordado anteriormente). Arrependimento de sua insubmissão a Deus, do pecado, etc.
2 - Baptismo nas águas (Marcos 16:16; Atos 2:38)

O baptismo nas águas simboliza a nossa morte para o reino das trevas e nosso nascimento para o reino de Deus. Segundo João 3.3, para entrar no reino de Deus é necessário nascer de novo. E isso deve ser praticado (ordem de Jesus - Mateus 28.18-20). Essa ordem deve ser cumprida logo após à conversão (Atos 16.30-34; 8.26-38).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

a precariedade da vida

Sem sombra de dúvida o ser humano é extraordinário. Se observarmos a capacidade intelectual e de criação do homem, ficamos admirados. 

O ser humano tem a capacidade de construir pontes (não pontes quaisquer!), pirâmides, palácios, prédios e arranha-céus, helicópteros, aviões e naves espaciais, carros e comboios com a mais alta tecnologia, artes diversas, etc. Há quem diga até que o ser humano já foi à Lua! (Se já foi, porque não voltou a repetir a façanha?!) Desenvolvemos inúmeras formas de comunicar uns com os outros. Desenvolvemos tecnologias que é de ficar surpreendidos, e muitas delas ainda não estão divulgadas e acessíveis ao cidadão-comum, que de um ano para o outro já estão desactualizadas, e até mesmo obsoletas. Nos últimos anos a medicina tem evoluído de forma assustadora! Novas maneiras de combater as doenças têm sido descobertas, etc. Poderia ficar aqui a mencionar imensas coisas nas quais o ser humano é superior, e a lista nunca mais iria acabar. Dizem os cientistas neurológicos de que o ser humano, na sua generalidade, somente usa dez por centro do seu cérebro. Uns usam mais, e outro usam menos. Mas mesmo assim, usando somente os tais dez por cento... uau, é assustador!

Se simplesmente fossemos animais, nossa vida iria ser completamente diferente. Passaríamos nossa vida a acasalar e a procriar, sendo presas de algum outro animal e caçadores para nos alimentarmos. Nem dá para imaginar! Ou melhor, até dá, mas a imagem não seria nada agradável. Sem dúvida alguma, não se pode comparar o ser humano com os animais! 

O ser humano é surpreendente! Mas, de um momento para o outro, alguma coisa acontece, que nos mostra o qual precários nós somos. De repente estamos sentados na explanada de um café, e uns radicais aparecem com metralhadoras (como aconteceu em Paris nos finais de 2015), ou colocam uma bomba e explode sem darmos conta. Um acidente de automóvel acontece, numa viagem que até era curta, que muda o rumo da nossa vida para sempre. Uma doença é descoberta em nosso corpo, que vai levar-nos à debilidade física, e até mesmo outras debilidades. Ou outra "cena" qualquer acontece e o caminho que prevíamos tomar, de repente é mudado.

Lutamos sem medir esforço para construir alguma coisa para usufruirmos em nossos dias mais avançados, ou até mesmo para deixar algo de valor para a descendência. De repente sonhos e projectos são encurtados! 

Quão precário é o ser humano! A vida nesta terra pode ser longa, mas também pode ser curta. Para alguns a vida nem sequer chega a acontecer, pois são brutalmente assassinados antes mesmo de nascer!

Ninguém pode considerar que tem a vida na sua mão e que pode controlá-la. Você mesmo nem pode afirmar que tem a certeza que vai ler este texto até ao fim. A vida não está em suas mãos. O ser humano por mais capacidades que tenha, não tem a capacidade de controlar a vida.

Então, porque tantas guerras? Tantas lutas? Tanta euforia para obter isto e aquilo? Para quê? Hoje e agora é o momento que devemos viver com toda a intensidade de nossa vida... sabendo uma coisa, que depois desta vida há uma outra vida para ser vivida. E é aqui nesta vida que decidimos onde iremos passar a eternidade. Isso, se acreditares em Deus, e no que está mencionado na Palavra de Deus - a Bíblia. 

Mas se não acreditares, que esperança tens tu? Qual a razão da tua vida? Porque motivo trabalhas tu? Porque lutas para dar uma boa educação aos teus filhos? Se acreditar que a vida termina no momento da morte, porque motivo te levantas todos os dias, e lutas para melhorares a tua vida?

Eu acredito que, o ser humano foi criado com a capacidade criadora de Deus, para que possamos fazer desta terra um lutar maravilhoso para nós desfrutarmos dele, e aqui termos relacionamentos saudáveis uns com os outros, e no momento em que a vida nos der um "tropeção", e nossa vida comece a findar aqui, tenho uma outra vida para ser vivida, onde poderei para sempre desfrutar da companhia de todos aqueles que souberam fazer a melhor e a maior escolha que se pode fazer nesta vida!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

homem despe-se em balneário feminino

No início deste mês, em Seattle, um homem entrou no balneário feminino e começou a despir-se (1). Segundo a Lei nos EUA, a pessoa pode escolher o balneário de acordo com a sua identidade de género. 

Já era esperado que viesse a acontecer, contudo muitas pessoas ainda se recusam a acreditar que já seja real.

A lei de "identidade de género" prejudica a maioria dos cidadãos, em nome de ajudar uma pequena minoria de indivíduos. Quando iremos aprender? A Lei aprovada, não considera as necessidades de uma multidão de mulheres e crianças que se sentirão tremendamente desconfortáveis quando um homem entre pelo seu balneário a dentro. Também não protege dos predadores heterossexuais, pois um predador heterossexual pode entrar no balneário e satisfazer o seu "voyerismo", ou algo pior. 

Seria ele transsexual? Heterossexual? Ou outra coisa? Será que isso interessa? Se ele sentia que podia usar o balneário feminino, ele podia, e ninguém o podia impedir.

Num destes dias, uma mãe colocou uma resposta no Facebook, numa conversa acerca deste tema: "Isto é muito real! A nova lei permite que qualquer pessoa use o balneário com que se identificar. Justamente dois semana atrás um rapaz que deveria ter cerca de 13 anos de idade entrou no balneários das meninas. Tudo o que ele fez foi sentar-se e mexer no telemóvel. As meninas foram surpreendidas quando saíam do duche com as suas toalhas à volta da cintura e viram-no ali. Minha filha foi uma dessas meninas. Esta lei abre portas para pessoas mal intencionadas."

Os casos mencionados no artigo original (2), do qual traduzi este excerto, é de deixar todos preocupados. 

Esta loucura social precisa terminar! (E no nosso país, precisamos ser mais activos para não aceitar que se torne Lei!)

Fontes:
(1) http://www.usatoday.com/story/news/nation-now/2016/02/17/transgender-rule-washington-state-man-undresses-locker-room/80501904/
(2) http://www.christianpost.com/news/transgender-bathroom-laws-man-naked-womens-locker-room-seattle-158048/


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

dia dos namorados


Dia 14 de fevereiro já passou, mas depois que esse dia passou fui meditar e pesquisar a respeito desse dia. Por vezes somos levados a comemorar determinadas datas sem questionarmo-nos a respeito delas. 

O dia 14 de fevereiro é o dia da comemoração do dia dos namorados, do amor, mas também conhecido como "Dia de São Valentim". Neste dia comemora-se a união amorosa entre os casais e namorados, e em alguns lugares é o dia de demonstrar afeição entre amigos. Nesse dia é comum a troca de cartões e presentes com símbolo de coração, tais como as tradicionais caixas de bombons. Nesse dia há uma grande "incentivo" à sensualidade (mostrar os "atributos" físicos).

A história de vida de Valentim, padre (bispo) em Roma, é uma história muito interessante, o qual lutou contra as ordem do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros seriam melhores combatentes. Apesar da proibição o Pde. Valentim continuou celebrando casamentos, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Valentim foi decapitado no dia 14 de fevereiro de 270, e mais tarde foi considerado mártir pela Igreja Católica, passando a ser o padroeiro do amor, namoro, noivado e casamento. Foi reconhecido como "santo" também pelas Igrejas Orientais. Desde 1969 a data deixou de ser celebrada oficialmente pela Igreja Católica em função da precariedade de comprovações históricas que levam em questão até mesmo a sua existência.

Coincidência ou não, o dia 14 de fevereiro é cabalisticamente festejado treze dias após a festa de Imbolg, feriado satânico (1 de fevereiro), dia de festejar o fogo (imbolc), uma festa de purificação. Nessa noite havia sacrifícios humanos.

O dia está intimimamente conectado com os seguintes deuses romanos: Cupido (filho de Vénus); a Vénus (filha de Júpiter), e ao próprio Júpiter, que é a deidade principal, um deus-sol. Na cultura assirio-babilónica, os mesmos deuses tinham outros nomes: Tammuz (filho de Semíramis), Semíramis, e a Ninrode, o marido de Semíramos. No império romano, o dia 14 de fevereiro era a véspera das Lupercais, festa anual celebrada no império romano em honra à deusa Juno (deusa da mulher e do casamento), e ao deus Pan (deus da natureza). Um desses rituais era o passeio da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade a bater em todas as mulheres com correntes de couro de cabra para assegurar a fertilidade. Nesse dia havia grande incentivo ao fluir das paixões sensuais. Para quem conhece um pouco de História acerca dos hábitos do romanos, sabe que esses dias era repletos de orgias e sensualidade, uma continuação do "carnaval".

Um historiador ao fazer as suas pesquisas a respeito desta temática chegou à seguinte conclusão: o nome Fevereiro é em honra à deusa romana Februa, e de 'febris' (a febre do amor). Februa é a padroeira da paixão, do amor. A comemoração do seu dia era a 14 de fevereiro e estava marcada por orgias. 

Em 494 o papa Gelásio I proibiu e condenou oficialmente essa festa pagã. Numa tentativa de cristanizá-la (à semelhança de outras cristianizações de festas pagãs), substituiu-a pelo 14 de fevereiro, dia dedicado a S. Valentim (hoje conhecido como o Dia dos Namorados).

No tempo do Antigo Testamento os judeus já dedicavam um dia dos namorados, ou feriado romântico. O décimo-quinto dia do mês hebreus de Av (quinto de doze meses) tornou-se o dia do amor e do afecto, um feriado judeu reconhecido durante os dias do Segundo Templo. Em tempos bíblicos, o feriado do amor era celebrado com tochas e fogueiras. Em Israel, este dia tornou-se o feriado das flores, porque neste dia é costume dar flores de presente a quem se ama. 

Sendo a Bíblia a nossa ÚNICA regra de vida e PRÁTICA, devemos analisar essa (e outras) prática à luz da Bíblia, que é a Palavra de Deus. Desabafo: Infelizmente, como cristãos, temos vindo a adoptar práticas não biblicas e pagãs, sem pestanejar. E isso reflecte-se no tipo de cristianismo que temos hoje no mundo - ínsípido, sem qualquer saber. Cristãos completamente doentes e contaminados com o "mundo". Cristãos que sua vida se confunde com os não-cristãos. Não há diferença! 

À luz do ensino bíblico que hoje já podemos ter, a manifestação de amor entre os cônjuges, principalmente os cristãos, deve ser diária. Não devo, nem posso esperar uma data fixa e específica para honrar a minha esposa, nem devo moldar o meu amor à minha esposa por causa de uma data de calendário, mas devo fazer isso todos os dias! E assim, a mulher, ao considerar-se sábia e virtuosa, tem de honra seu marido no Senhor, todos os dias!

Conselho: Não manifeste o seu amor, ou leve o seu cônjuge a jantar fora, ou oferecer flores, etc., somente no dia 14 de fevereiro (porque é dia dos namorados, dia de S. Valentim, etc.)... faça isso sempre que possa! E diga que o/a ama todos o dias! Manifeste esse amor de forma prática todos os dias!

Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
(Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade);
Aprovando o que é agradável ao Senhor.
E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as
.
Efésios 5:8-11

Leitura recomendada:
http://blogmiguelsilvapr.blogspot.com/2015/11/livro-onde-esta-o-amor.html 

Arrependei-vos


A criação do Homem foi o apogeu de toda a criação de Deus (Génesis 1.27). Depois de tudo criado, tudo estava perfeito (Génesis 1.31). Contudo, Satanás, o inimigo de Deus, não estava contente e desceu para procurar desviar o Homem (Génesis 3), conduzindo-o ao pecado.

Existe uma fronteira entre o Homem e Deus: o pecado. Génesis 3.10 diz: "... ouvi a Tua voz no Jardim e tive medo [consequência do pecado], porque estava nú [Génesis 2.25], e escondi-me." Isaías 59.2 diz-nos: "Mas as vossas iniquidades [1] fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça."

A consequência do pecado é a morte eterna, ou seja, a separação de Deus (Romanos 3.23 - "Porque todos pecaram e destituídos [fora/separação] estão da glória [presença] de Deus"). Também Romanos 3.10 diz-nos: "Não há um justo, nem um sequer..." e no versículo 12 diz que "... todos se desviaram e juntamente se fizeram inúteis [sem valor]..."

Mas... há uma solução! Romanos 6.23 diz-nos que "... o dom gratuito de Deus [graça] é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor!" (conferir Efésios 2.8,9).

Para haver a reconciliação com Deus, o Homem necessita arrepender-se do seu caminho errado! Como vai arrepender-se? Através de dar ouvidos à pregação da pregação do Evangelho do Reino, e acreditar nessa pregação! Marcos 1.14,15 diz: "E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o Evangelho do Reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho."

A palavra "arrependimento" significa: mudança de mente ou mudança de atitude e coração (Génesis 6.6,7 [2]); quer também dizer: uma completa mudança de direcção.

A Queda do Homem produziu nele uma mente de rebelião contra Deus e a Sua vontade. O Homem procura o seu próprio caminho. Efésios 2.3 - "entre eles todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne [3] e dos pensamentos..." O Homem tornou-se independente: "Faço o que eu quero", "Sou dono da minha vida!", "Não tenho que dar satisfações a ninguém!", etc.

O objectivo do Evangelho de Cristo é atingir a raíz do problema: levar-me ao arrependimento para que haja uma mudança de atitude! Mudança de uma atitude de independência para uma atitude de dependência; de uma atitude de rebelião, para uma atitude de submissão (sujeito a Cristo em tudo).

Quando há um verdadeiro arrependimento (mudança de atitude), os nossos actos (acções) irão mudar. N Salmo 51 o rei David expressou uma profunda dor por haver ofendido a Deus com o seu pecado (adultério e homicídio). Então, o rei David confessou os seus pecados, renunciou-os e, esperando a misericórdia de Deus, implorou que o Senhor o restaurasse. No Salmo 32, ele expressa a alegria de ter experimentado e alcançado o perdão de Deus.

Quando há genuíno arrependimento, Deus apaga completamente os pecados do Homem (Hebreus 8.12).

[1] Iniquidade = Tornar normal o que é pecado, não sentir culpa pelo pecado cometido, de tanto uma pessoa cometer o mesmo pecado ou coisa errada, não se arrepender pois já acha o que fez absolutamente normal.
[2] O "arrependeu-se Deus" não é um arrependimento de propósito, mas uma mudança de atitude.
[3] Gálatas 5.19-21 versus Gálatas 5.22-25






liderança egocêntrica


Liderar é a arte de dividir tarefas, descentralizar, acompanhar, aperfeiçoar e colher os frutos. Não combina com a centralização e nem com o despotismo. Não pode ser fundamentada na vida do líder. Não é personalismo, mas pessoalidade. Liderar é fazê-lo por princípios e não por opiniões viciadas, voltadas para vantagens pessoais. Liderança significa pensar no bem comum, no sucesso como fruto de compartilhamento na organização. É buscar a excelência no trato com as pessoas. É contribuir para a unidade na instituição. É promover “ a participação de todos no esforço de cada um”. Contudo, o tempo que vivemos é estigmatizado pelo hedonismo, pragmatismo e narcisismo. São três anomalias que adoecem qualquer liderança.
A liderança egocêntrica é marcada pelo personalismo dos que estão compactuados com vantagens e glória meramente pessoais. Pensar de si e para si é uma característica bem definida da liderança marcada pelo egoísmo. Esta busca freneticamente o reconhecimento dos liderados. Gosta do pódio. Exerce uma filosofia maquiavélica, isto é, se utiliza de meios convenientes para gerar resultados. Na cabeça da liderança egocêntrica está a megalomania ou mania de grandeza. Esta turma gosta de colocar fotos na parede. É muito triste ver em nossas comunidades, em nossas organizações filantrópicas, elementos comprometidos com a adulação, bajulação e reconhecimentos visando o fortalecimento do cargo que exerce. Os conchavos são a sua especialidade. A liderança egocêntrica não aprecia cargas, mas cargos. Não gosta de servir, mas de ser servida. Não facilita, mas problematiza. Essa liderança não tem coração. Ela é platônica, ou seja, vive no mundo das ideias. Pensa nas vantagens pessoais a partir do seu umbigo.
A liderança egocêntrica se vale do cargo para se promover. Geralmente é uma liderança insensível em relação às necessidades dos seus lideradosproduzindo medo. Não está afeita ao companheirismo e nem a liberdade para críticas construtivas visando o bem da organização. Essa liderança é despida de misericórdia em relação aos que sofrem. Ela beneficia os apadrinhados, os companheiros que rezam na mesma cartilha. Exclui ou despreza os que têm boas ideias, os que podem contribuir para melhorar o serviço da instituição. Geralmente numa liderança exercida por líderes egoístas as pessoas que pensam não são benvindas. Esses líderes têm medo dos que podem revolucionar. A liderança egocêntrica é apequenada, medíocre e sofrível. Tenho pena das pessoas que são lideradas por elementos assim.
Liderar de forma egocêntrica é um grande prejuízo para a organização ou instituição. É uma liderança dominadora ou ditadora, maldosa e doentia. Ela é impessoal, pois está mais focada em coisas do que em pessoas. Valoriza ações e não pessoas. Só sabe cobrar resultados, mas não investe sabiamente nos seus liderados. Não tem amizade com a sua equipe. A sua liderança é fria, formal e interesseira. Elimina os que pensam de forma diferente. Não há diálogo, interatividade e companheirismo. A liderança egocêntrica beneficia familiares e amigos (muitas vezes incompetentes) em detrimento dos que não são familiares e não são amigos, mas são competentes.
A liderança egocêntrica está na contramão do bom senso e de todo o ensino de Jesus Cristo, o nosso modelo de liderança amorosa, altruísta, saudável, sinérgica e revolucionária. A única maneira de combatermos a liderança egoísta é substituí-la pela liderança comprometida com os valores cristãos. Esta sim, está voltada para as pessoas, o seu bem-estar, premia o trabalho criativo, encoraja, forma caráter, distribui tarefas e colhe resultados. Está atenta às críticas e sugestões que venham melhorar substancialmente o trabalho da liderança e consequentemente da organização em sua função diacônica ou em seu serviço. Só é possível libertar o homem ou a mulher de suamaneira egocêntrica de liderar aplicando os princípios do Mestre no Sermão do Monte, tão excelentemente expostos em Mateus, capítulos 5, 6 e 7. Aqui está o código de ética do Reino de Deus que deve ser aplicado ipsis litteris na vida da liderança para que haja mudanças profundas e saudáveis na organização.
Exercer a liderança altruísta é valorizar pessoas e não coisas. Sabemos que quando valorizamos as pessoas, estas cuidam muito bem das coisas e de suas tarefas. A verdadeira liderança tem interesse em servir, comungar e acompanhar com interesse. Ela não é exercida infringindo medo, mas despertando coragem para participar do processo de gestão responsável e produtiva. Que Deus nos livre de uma liderança egocêntrica, interesseira, fria, calculista e descomprometida com valores éticos, morais do Reino. Que Deus seja glorificado em nossa liderança amorosa, servidora, catalizadora e empreendedora. Que os nossos alvos sejam: Glorificar a Deus e tornar os que lideramos em pessoas altruístas e servidoras, sempre fazendo o bem à semelhança de Jesus em sua caminhada.